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Se alguma vez viu atribuída a alcunha de "doença do sangue azul" à hemofilia, não é por acaso. A culpa é da rainha Vitória, a monarca que reinou Inglaterra e Irlanda durante 64 anos (1837-1901).
A hemofilia surge, muitas vezes, associada à monarquia da Europa. Miguel Crato, presidente da Associação Portuguesa de Hemofilia, explica que a doença manifesta-se, quase sempre, no sexo masculino, por isso, os casos de mulheres, como o da rainha Vitória, chamam à atenção.
"A rainha Vitória é um bom exemplo. Era uma mulher tinha historial [da doença] na família e dos seus dez ou 12 filhos, apenas um tinha hemofilia, no entanto as filhas eram portadoras. Daí se chamar a doença real porque, de facto, os descencentes da rainha Vitória disseminaram a patologia por várias casas reais."
Saltamos para o século XXI, onde há uma figura que serve de exemplo a outros doentes: Alex Dowsett. A hemofilia não impediu o ciclista britânico de ser atleta olímpico.
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A hemofilia é uma doença que atravessa séculos e várias gerações, mas com os tratamentos corretos e preventivos, os doentes estão menos limitados e têm uma vida quase normal.
Ouça a entrevista de Carlos Raleiras a Miguel Crato