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Celebrou-se na semana passada os 500 anos da descoberta do Estreito de Magalhães por Fernão de Magalhães e a Armada da Especiaria. Situado na região de Magallanes, no Chile, a descoberta deste estreito comprovou a ligação entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, permitindo que nascesse uma nova forma de pensar o mundo em termos comerciais, culturais e geopolíticos, permitindo o desenvolvimento do conceito de rota global.
De forma a assinalar esta importante data, foram organizadas pela Estrutura de Missão para as Comemorações do V Centenário da Circum-Navegação, em parceria com diversas entidades locais e nacionais, várias iniciativas por todo o país nos dias 20, 21, 22 e 23 de outubro, com o objetivo de celebrar este marco e a sua importância no domínio simbólico, histórico-cultural e científico.

Começando no dia 20 de outubro com uma sessão via internet para um público mais jovem, as iniciativas espalharam-se por Lisboa, Leiria, Lagos, Sabrosa, S. Martinha de Anta e terminando em Vila Nova de Gaia. Nestes dias e nestas cidades tiveram lugar cerimónias de colocação de placas comemorativas da celebração dos 500 anos da viagem junto das Estátuas de Fernão de Magalhães (Praça do Chile em Lisboa e Sabrosa), conferências (Lisboa, Lagos e Vila Nova de Gaia), uma edição especial do GLEX- Global Exploration Summit (Lisboa), apresentação de projetos vencedores de um prémio relacionado com o tema da investigação científica e desenvolvimento tecnológico (Lisboa), inauguração de uma exposição (Sabrosa), apresentação de um livro sobre o tema (S. Martinho de Anta) e ainda dois concertos, um em Leiria e outro em Vila Nova de Gaia.
Para além disto, devido às contingências de segurança e higiene que necessitam ser cumpridas devido à pandemia que vivemos, a iniciativa de dia 21 de outubro em Lisboa, no Pavilhão do Conhecimento-Ciência Viva foi transmitida ao vivo via internet no site oficial das Comemorações do V Centenário da Circum-Navegação, e foi assistida por várias pessoas de todo o mundo, nomeadamente da América do Sul e Estados Unidos.
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Desta forma, comprova-se como o feito de Magalhães e Elcano atravessa várias áreas, desde ciência e tecnologia, a cultura e diversidade humana. A verdade é que a descoberta do Estreito de Magalhães e a primeira viagem de circunavegação permitiram uma união dos povos, em termos comerciais, políticos e culturais, e por isso, é tão importante falar e explorar, cada vez mais, esta viagem que mudou o mundo.