No primeiro dia a Associação "Quebrar o Silêncio", única no apoio a homens vítimas de abusos sexuais, recebeu seis pedidos de ajuda, na primeira semana 16 e no final do primeiro mês contam 26. Ângelo Fernandes, o fundador, diz que estes números "superaram as expectativas, não esperávamos tantos. O que valida a necessidade da nossa associação em Portugal".
Há um perfil dos homens que procuram a "Quebrar o Silêncio": "a média de idades é entre os 30 e os 35 anos, mas temos casos de 20 e outro de 70 anos; a maioria é de Lisboa, mas também temos pedidos de fora como Brasil, Suíça, França. Há homens que querem um espaço para desabafar e procuram um local seguro. Outros homens estão mais à vontade, mas ainda têm dificuldades em falar dos abusos. Temos casos de mulheres que têm uma relação com vítimas de abusos e procuram uma forma de poder ajudar os seus familiares".
Reportagem da jornalista Rute Fonseca
A associação garante sigilo, conta com grupos de apoio, psicoterapia e trabalha ainda com outras organizações internacionais. Ângelo Fernandes diz que cada caso em um caso "podemos fazer acompanhamento telefónico, para criar uma relação de confiança. Casos presenciais, promovemos encontros e vemos se o mais indicado é o grupo de apoio ou a psicoterapia. Em média o processo terapêutico demora 15 meses."
No site da "Quebrar o silêncio" encontra as várias formas de entrar em contacto com a associação.
