O momento era tenso para Portugal. Com a entrada nas Nações Unidas, em 1955, a política colonial portuguesa era cada vez mais posta em causa. A visita de Isabel II vinha em boa altura.
A Rainha retribuía uma visita oficial a Londres realizada dois anos antes pelo Presidente Craveiro Lopes. Com os olhos do mundo postos em Portugal, Salazar jogou todos os trunfos. Houve desfile de barcos no Tejo, cortejo por Lisboa num coche do século XVIII, um Rolls Royce em segunda mão para transportar Isabel II.
Na visita de três dias a Portugal, a Rainha passou por Lisboa, Setúbal, Nazaré, Alcobaça, Batalha ou Porto. Por onde passava, multidões juntaram-se nas ruas para aplaudir a soberana.
Portugal fez "boa figura" e Salazar conseguia o seu objetivo: reforçar a aliança com a Grã-Bretanha conseguir assim a legitimação internacional do Estado Novo e da política colonial.
A Rainha havia de voltar anos depois. Mas foram aqueles três dias que levam a que muitos considerem a passagem de Isabel II por Portugal em 1957 "a visita do século".
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