Alerta vermelho continua em Pequim

Pequim está envolvida num manto de fumo húmido que aprisionou a cidade, pela primeira vez, num "alerta vermelho" de poluição que muitos residentes ignoram.

Muitos cidadãos de Pequim estão a ignorar o alerta vermelho das autoridades para evitarem sair de casa devido aos elevados níveis de poluição. O nível mais alto de alerta para a qualidade do ar nunca tinha sido decretado na capital chinesa e deve durar até amanhã, quinta-feira.

Com o "alerta" o governo de Pequim intensificou as medidas de emergência, incluindo a suspensão das aulas em todas as creches e escolas primárias e secundárias, a restrição de circulação de veículos motorizados nas ruas da cidade, a flexibilidade dos horários de trabalho de instituições e empresas, e a proibição da circulação de veículos pesados.

Esta é a segunda onda de poluição que atingiu a capital chinesa desde o início de dezembro. Os cientistas atribuem esta onda de poluição ao fenómeno do "El Nino". De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, nos últimos 15 anos o "El Nino" nunca esteve tão forte. Zhu Dingzhen, da Administração Meteorológica da China, disse à rádio nacional que "o El Nino traz um inverno quente para o nosso país. Assim, a zona sob influência do ar frio fica mais para o norte. Com a diminuição do ar frio, teremos mais dias de smog".

Entretanto a rotina diária apesar de afetada não retira as pessoas da rua, ainda esta manhã centenas de pessoas, incluindo crianças, estiveram na Praça de Tiananmen para assistir à cerimônia de hastear da bandeira nacional.

Por outro lado, a rádio estatal disse que alguns condutores estão a ignorar a proibição de circulação de veículos. Um dia circulam as matrículas pares e no outro dia as matrículas ímpares.

O líder de uma associação ambientalista chinesa, Ma Jun, do Instituto de Assuntos Públicos e Ambientais, disse à agência REUTERS que "o alerta vermelho reflete que o governo, pelo menos, tem a coragem de enfrentar este problema", mas, no passado a poluição já era grave e o executivo era "mais ou menos um pouco relutante em reconhecer o problema. Agora há uma disposição para enfrentar este problema diretamente".

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