O presidente da Associação ambientalista lembra que o Governo português "já tinha sido ignorado no processo da autorização da construção do cemitério nuclear" e agora "por e simplesmente Portugal retira a queixa e Espanha não dá nada em troca". O responsável pela Quercus adianta que com este acordo Espanha merece "os parabéns" destacando a habilidade do país vizinho nesta matéria.
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João Branco, da Quercus, dá os parabéns a Espanha
A Quercus recomenda ao governo português "que continue a exigir a avaliação de impacto ambiental internacional, porque isso é que é um procedimento com enquadramento legal".
"Os cidadãos portugueses devem ser consultados, participar no processo, mas verdadeiramente e não o que foi anunciado", afirma.
Na opinião do ambientalista os governos de Portugal e Espanha chegaram a acordo apenas "porque havia um problema diplomático e isto foi um remendo para passar a Cimeira Ibérica luso-espanhola".
Contactado pela TSF, Francisco Ferreira da Associação Zero também critica o que considera ser uma cedência do Governo português. O ambientalista defende que Portugal não devia ter retirado a queixa que apresentou em Bruxelas, o que fragilizou agora a posição negocial do país.
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Francisco Ferreira não gostou de ver Portugal recuar nesta matéria
Questionado sobre se aceitaria integrar a delegação que muito em breve vai visitar a central nuclear de Almaraz, Francisco Ferreira diz que está sempre disponível "para participar naquilo que se julgar necessário, com informação que temos recolhido, e a transparência é sem dúvida é fundamental em todos estes processos. Agora, é um processo efetivamente da responsabilidade dos governos".