Áreas marinhas protegidas combatem efeitos das alterações climáticas

As áreas marinhas protegidas podem ajudar a mitigar os efeitos das alterações climáticas, conclui um estudo feito por uma equipa de cientistas internacionais.

De acordo com os responsáveis, as áreas marinhas protegidas podem ajudar os ecossistemas marinhos e as pessoas a adaptarem-se a cinco impactos importantes das alterações climáticas: acidificação dos oceanos, aumento do nível do mar, aumento da intensidade das tempestades, mudanças na distribuição das espécies e diminuição da produtividade e distribuição de oxigénio.

O estudo, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, dos Estados Unidos, indica que essas reservas naturais também podem promover a absorção e o armazenamento a longo prazo do carbono das emissões de gás com efeito de estufa, especialmente nas zonas húmidas costeiras, o que pode ajudar a minorar as alterações climáticas.

Atualmente apenas 3,5% dos oceanos são abrangidos por zonas protegidas, com apenas 1,6% a estar totalmente protegido contra a exploração. Especialistas internacionais estão a procurar elevar as áreas protegidas para 10% até 2020. Os participantes no Congresso Mundial de Conservação da Natureza, no ano passado, concordaram que pelo menos 30% deviam estar protegido até 2030.

Com essas reservas marinhas, dizem os autores do trabalho, pode proteger-se a costa do aumento do nível do mar, combater a diminuição de espécies devido às alterações climáticas e fornecer refúgio para espécies.

Callum Roberts, do departamento do Meio Ambiente da Universidade de York, e autor principal do estudo, lembrou que outros trabalhos mostraram que as reservas marinhas podiam proteger a vida selvagem e apoiar a pesca, e acrescentou que não tinha sido feita a relação entre essas áreas protegidas e as alterações climáticas.

A investigação mostra ainda que mais oceano protegido também melhora as perspetivas de recuperação ambiental, depois de serem controladas as emissões de gases com efeito de estufa.

Beth O"Leary, também da Universidade de York (Reino Unido), salientou que as reservas marinhas não só podem aumentar a quantidade de espécies, como são "uma tecnologia de baixo custo", com benefícios à escala local mas também global.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de