"Hoje estamos todos aqui para devolver uma águia à natureza. Nós somos o Rias". A apresentação é feita pelo biólogo Diogo Amaro.
O RIAS - Centro de Investigação e Recuperação de Animais Selvagens vai devolver à natureza uma águia de asa redonda que foi entregue ferida. Antes um grupo visita as instalações deste centro situado em pleno Parque natural da Ria Formosa, na Quinta de Marim.
Reportagem de Maria Augusta Casaca no RIAS
Diogo Amaro, biólogo do RIAS, faz a visita guiada: "Aqui é o edifício da clínica e internamento". O trabalho ali é diário. Não há fins de semana nem feriados. Os animais em recuperação têm que ser tratados todos os dias.
No exterior existem enormes câmaras, uma espécie de estufas onde se encontram os animais antes de serem libertados novamente na natureza. "O primeiro que temos aqui é o lago, para aves marinhas", explica Diogo.
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O RIAS recebe inúmeros animais selvagens que lhes chegam em mau estado: "Tratamos tudo, aves, repteis, mamíferos como ouriços, texugos, raposas". E habitualmente é por ação do homem que os animais aparecem feridos no centro. "Temos muitos animais que chegam por envenenamentos, abates a tiro, atropelamentos".
Para ajudar o Centro de Investigação e Recuperação de Animais Selvagens qualquer pessoa pode apadrinhar um animal, dar uma quantia de dinheiro ao RIAS de modo a ajudar no tratamento dos bichos. A águia que será libertada foi apadrinhada pela comunidade Harry Potter no Algarve, um grupo de jovens que fizeram questão de estar presentes na sua libertação.
No RIAS quando se tratam aves, todas são anilhadas. "É como o cartão de cidadão desta ave, que tem um código", de modo a que, quem as encontre, saiba que ela passou por ali e está a sobreviver bem. A águia que será devolvida à natureza chegou ao centro com uma fratura na asa." Fez fisioterapia, treinos de voo e já está a caçar sozinha e a voar bem", diz o biólogo.
E, sem mais demoras, vai ser libertada. "1, 2, 3" dizem as pessoas presentes. E a águia voa para longe. " Isto foi fixe", diz uma jovem