Um manto de espuma branca com meio metro de altura cobriu o rio Tejo na zona de Abrantes, junto à queda de água do açude insuflável, num cenário descrito como "dantesco" pelo proTEJO e como "assustador" pelo município. A TSF apurou esta quinta-feira que uma das causas da origem do problema estará relacionada com um incidente registado na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Abrantes.
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Segundo apurou a TSF, terá ocorrido uma descarga inadvertida de lamas da ETAR de Abrantes diretamente para as águas do rio Tejo.
"Ando nisto há mais de três anos e este é um cenário dantesco e nunca visto", disse esta quarta-feira à Lusa Arlindo Marques, dirigente do Movimento pelo Tejo - proTEJO, que tem registado e denunciado episódios de poluição no rio.
Contactado pela Lusa, o vereador do Ambiente na Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Valamatos, disse ter sido surpreendido por um "nível de poluição visual brutal", uma situação "assustadora" e "acima de todos os parâmetros" ali registados.
"Não temos informação da origem", observou esta quarta-feira, referindo que a Agência Portuguesa do Ambiente esteve no local "a recolher amostras da água", aguardando a autarquia por mais informações das entidades competentes.
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Por seu lado, o PSD acusou, esta quinta-feira, o ministro do Ambiente de inação no combate à poluição no rio Tejo. Os deputados do PSD atribuíram responsabilidades ao ministro João Pedro Matos Fernandes pela atual situação do rio, em Abrantes.