O coordenador do Vaivém Oceanário brinca com as crianças à chegada: "Trouxeram fato de banho?"
São crianças do 4º ano que vêm participar na Semana da Ria Formosa e que vão entrar neste Vaivém, um grande camião azul que, lá dentro, tem uma sala de cinema.
Tomás Santos sublinha que o objetivo este ano é dar a conhecer a zona lagunar da Ri, "uma zona onde várias espécies se reproduzem, que é maternidade e abrigo", mas também uma espécie muito característica desta zona: o cavalo-marinho e suas particularidades, como a curiosidade de serem os machos a darem à luz os filhos.
Reportagem de Maria Augusta Casaca no Vaivém Oceanário
Lá dentro do Vaivém, já com todos os estudantes sentados, a bióloga Vera faz as apresentações. "Vimos trazer-lhes informações giras. Sabiam que há uns anos tínhamos aqui a maior população mundial de cavalos-marinhos?", pergunta aos alunos que não sabiam desta curiosidade."Mas agora essa população diminuiu muito", adianta.
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De dois milhões em 2003, os cavalos-marinhos passaram para 300 mil no último estudo realizado pela Universidade do Algarve. "Pela atividade náutica, pela caça ilegal para o mercado asiático...", enumera Tomás Santos.
As crianças vão ouvindo uma história, "O Xerife da Ria Formosa", em que um menino tem por missão salvar os cavalos-marinhos de extinção. Através da história vão percebendo que os cavalos-marinhos têm uma boca em forma de palhinha, uma coroa, uma barbatana dorsal.
O que é mais estranho no cavalo-marinho, e que deixa mais admirados os jovens, é que, ao contrário dos humanos, é o pai que faz a gestação dos filhos.
"O macho fica a guardar os ovos durante quase um mês. Às vezes ele até tem umas contrações como as senhoras quando estão grávidas", explica a bióloga.
Já cá fora, os miúdos mostram que aprenderam bem a lição e que todos ficaram a saber que os cavalos-marinhos e as "pradarias" onde vivem têm de ser preservados. Um ensinamento que vão levar para casa.