António Costa considerou "absolutamente lamentável" o episódio da acusação de que o Governo andou a esconder o número de vítimas mortais" de Pedrógão Grande.
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"Foi absolutamente lamentável o que aconteceu esta semana em termos de especulação e em termos de aproveitamento político", disse o primeiro-ministro, no final de mais de uma hora e meia de reunião na Autoridade Nacional de Proteção Civil.
António Costa disse ainda que essa acusação do PSD "foi das "mais parvas" que já ouviu e aproveitou para concordar com as palavras do Presidente da República.
A jornalista Judith Menezes e Sousa resume as declarações do primeiro-ministro António Costa
Marcelo Rebelo de Sousa disse ontem que "em ditadura, era possível haver tragédias e nunca ninguém percebia bem qual eram os contornos das tragédias porque não havia um Ministério Público autónomo, juízes independentes e comunicação social livre. Em democracia há tudo isto.". E Costa concorda.
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"Os ultimatos e as tentativas de aproveitamento político foram lamentáveis", disse várias vezes o chefe do Governo.
Costa apelou à confiança no "dispositivo que responde na generalidade das situações", sublinhando que "das 2007 deste ano, cerca de 81 por cento foram controladas nos primeiros 90 minutos".
"O dispositivo funciona na generalidade dos casos ", adiantou.
Sublinhando que "seria irresponsabilidade" dizer que situações como esta não se vão repetir, António Costa apelou a que todos tenham "uma atitude de prevenção de comportamentos de risco" e a uma ação "proativa das forças de segurança na repressão de comportamentos dolosos".
"Uma chama todos nós apagamos, um incêndio de larga dimensão é mais difícil", sublinhou António Costa.
O chefe de Governo quis sublinhar o "desempenho extraordinário de todos aqueles que são responsáveis" pelo combate às chamas e, aproveitando a presença na sala de Jaime Marta Soares, presidente da Liga Nacional de Bombeiros, quis deixar palavras de "alento, confiança e alerta".