- Comentar
A Câmara Municipal de Braga leva esta quarta-feira a votação na reunião da autarquia a venda a privados do edifício da antiga fábrica da Saboaria e Perfumaria Confiança. Mais de mil pessoas assinaram uma petição contra a alienação do edifício inaugurado em 1921.
Em 2002 a fábrica parou e a produção mudou-se para uma outra unidade na zona industrial de Braga. Em 2012 a Câmara Municipal de Braga expropriou a sociedade que detinha o imóvel, sob o argumento de que era necessário travar a degradação do edifício e investir na sua reabilitação. No entanto, passados seis anos a autarquia alega que não tem dinheiro para a reconstrução do edifício e agora quer vendê-lo a privados. Na reunião de câmara desta quarta-feira será decidido o futuro deste espaço histórico da cidade. A autarquia já definiu o valor base de venda em 4 milhões de euros.
Na proposta de alienação está prevista, por exemplo, a preservação das fachadas do edifício central e a construção de espaços de exposição relacionados com o passado da fábrica.
A jornalista Rute Fonseca conversou com Luis Tarroso Gomes, um dos signatários da petição contra a venda do edifício e que explica porque não aceitam este "fim" para um edifício que faz parte da história da cidade.
A arquiteta Maria Manuel Oliveira, professora na Universidade do Minho, vive em Braga e diz que esta antiga fábrica Confiança "é o único edifício que resta do tecido industrial que Braga teve, além disso representa património arquitetónico e uma memória a manter".
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias