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"Não queremos que ninguém fique de fora", disse aos jornalistas o presidente da ASPP/PP, Paulo Rodrigues, depois de entregar no Ministério da Administração Interna (MAI) um caderno reivindicativo que pretende negociar com a tutela "o mais brevemente possível", por forma a ver o processo concluído até ao final da legislatura.
A decisão sobre o uso da farda na manifestação será pessoal, uma vez que, segundo Paulo Rodrigues, há diferentes interpretações jurídicas sobre a possibilidade de os agentes incorrerem em indisciplina, caso usem a farda nestas circunstâncias.
"Queremos que todos participem, fardados ou não", afirmou.
A ASPP havia já admitido participar na manifestação, que conta com a adesão de quase todos os sindicatos da PSP.
Esta quinta-feira, frente ao MAI, concentrou-se uma delegação da ASPP/PSP, com uma faixa em que se exigia respeito pelos polícias, a atribuição de um subsídio de risco e o reconhecimento da profissão como sendo de desgaste rápido.
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No âmbito das ações de luta que têm vindo a desenvolver, a associação apelou aos agentes que, em vez de multas, promovam ações preventivas e de sensibilização, o que está - de acordo com o dirigente - a gerar grandes manifestações de adesão em todo o país, embora não seja ainda possível fazer um balanço com números.
"De forma transversal, temos recebido manifestações de vontade em participar. Achamos que esta ação vai ter sucesso, pela dinâmica que está a ter", declarou.
A iniciativa foi lançada pela ASPP na segunda-feira e decorre até 31 de marco.
O dirigente foi recebido por elementos do gabinete do ministro da Administro da Administração Interna, enquanto o governante se encontrava no Conselho de Ministros.
Entre as reivindicações apresentadas à tutela está o regime de aposentação. A idade média dos agentes é de 45 anos, o que "compromete a ação da polícia", de acordo com a mesma fonte.
Os agentes pretendem o aumento das listas da pré-reforma. Em declarações anteriores à Lusa, Paulo Rodrigues indicou que o estatuto prevê a saída de 800 elementos por ano, mas que o governo tem feito listas de 400.
A ASSP quer também a aprovação de legislação que fiscalize a saúde e segurança no trabalho.
À saída da reunião no MAI, o dirigente sublinhou que há polícias que esperam 15, 20 ou 25 anos por uma promoção, defendendo a abertura de concursos para as diversas categorias.