A coordenadora do Bloco de Esquerda visitou esta segunda-feira a Associação Solidariedade Imigrante, em Lisboa, que presta apoio a imigrantes ilegais em Portugal, considerando que não legalizar estas pessoas representa um "ataque aos direitos de todos" e uma "lei da selva" a nível laboral.
Reportagem de Judith Menezes e Sousa com o BE, em Lisboa
A associação luta há mais de 15 anos pelo respeito dos direitos de quem escolheu Portugal para viver e trabalhar, juntando mais de 30 mil sócios de aproximadamente 100 nacionalidades diferentes.
Antes da nova lei da imigração, "quem não tinha contrato de trabalho, não podia estar legalizado, e quem não estava legalizado, não podia ter contrato", um problema à partida sem resolução, mas agora a promessa de um contrato de trabalho permite a legalização dos cidadãos.
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De todo o modo, a líder bloquista alerta para o "pesadelo" burocrático que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) implementou após a entrada em vigor da lei.
"É urgente que o SEF funcione e dê a estas pessoas o seu direito a verem a sua situação legalizada. Se verá se o SEF se está a comportar à altura da sua situação, que é de cumprir a lei", declarou Catarina Martins. E insistiu: "Não queremos trabalhadores ilegais, queremos que todos tenham os seus papéis, todos estão a pagar, a contribuir, não podem ser tratados desta forma".
Catarina Martins esteve acompanhada na visita desta manhã pelos deputados José Manuel Pureza e Isabel Pires e pelo vereador do Bloco na autarquia da capital, Ricardo Robles.