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A Câmara do Porto vai propor a abertura de concurso para a colocação de estacionamento pago à superfície na zona da Foz que, contrariamente ao que acontece em outras zonas da cidade, será garantido pela própria autarquia.
De acordo com a proposta que vai ser votada na reunião do executivo camarário de terça-feira, a que a Lusa teve acesso, "a aprovação do novo zonamento [na União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde] pretende beneficiar a qualidade de vida da população residente, assim como beneficiar os comerciantes que vêm no estacionamento anárquico e prolongado durante o dia um óbice ao desenvolvimento do tecido económico local".
Segundo o documento, o valor global estimado para este contrato é de cerca de 2,24 milhões de euros, sendo que o contrato vigorará por um período máximo de três anos.
Segundo a câmara, "a zona em causa está sujeita a uma sazonalidade específica que provoca períodos de enorme afluência de tráfego automóvel individual à zona da Foz do Douro e que importa regular".
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Por outro lado, acrescenta, a viabilidade da construção de novos parques de estacionamento subterrâneos, "cuja necessidade unanimemente se reconhece, e pelo valor do investimento implicado, ficará sempre comprometida sem a existência de regulação do estacionamento à superfície".
O alargamento das zonas de estacionamento pago à superfície, explica a autarquia, não será, contudo, "feito com o atual concessionário que opera na zona central da cidade, mas será garantido pela própria autarquia que fará a contratação dos serviços de que necessita, nomeadamente a instalação da tecnologia e a sua manutenção".
Pretende-se com estas medidas que os hábitos de mobilidade na cidade do Porto se alterem no sentido de uma menor dependência do transporte individual, como se tem constatado, afirma a câmara, pelo aumento progressivo do número de passageiros dos transportes público nos últimos anos.
Na proposta para abertura de concurso público para aquisição, instalação, manutenção e monitorização de parcómetros na parte ocidental da cidade, defende-se que a escolha do modo de transporte está relacionada com a oferta disponível, entre outras características, mas também com o desincentivo ao estacionamento de longa duração na via pública.
"Os moradores são os maiores beneficiários, principalmente aqueles que não dispõem de garagem", refere a proposta.
A câmara sustenta que "a indução da rotatividade no estacionamento da via pública liberta espaço para o estacionamento de suporte às atividades de comércio e serviços, atualmente muito dependentes da existência de lugares de estacionamento privativos para os seus clientes e para operações de cargas e descargas".
Tal como nas restantes zonas da cidade onde existe estacionamento pago à superfície, os moradores vão beneficiar de uma avença de 25 euros por ano, para os primeiro e o segundo carros, que lhes permite isenção de pagamento nos parcómetros.