Ao nível da diocese, encerrou-se hoje o processo de beatificação e canonização da Irmã Lúcia.
Um processo que, segundo a Igreja, conseguiu reunir milhares de provas. Textos e cartas deixadas pela Irmã Lúcia, mas também por muitos que foram testemunhos da sua bondade e pureza, com quem se cruzou em vida. "Cabe à diocese reunir todo o material disponível e fazer um relatório, bem como a audição das testemunhas de quem conviveu com a Irmã Lúcia e receberam a sua correspondência".
Reportagem de Miguel Midões
Dom Virgílio, bispo de Coimbra, assegura que hoje se encerra a primeira parte do processo de beatificação e canonização da Irmã Lúcia, que apesar da clausura teve uma vida mediática "apesar de ter vivido num convento de clausura, por ter sido uma das videntes de Fátima".
Mas, também os materiais como cartas ou o diário da Irmã Lúcia, que são de caráter íntimo, que não foram divulgados, e que foram recolhidos em Portugal e no estrangeiro.
Reunida a documentação, o próximo passo acontece em Roma. Ali, na congregação fica uma cópia e outra será entregue ao postulador, para que elabore a chamada posício, o documento final, um texto que serve de base à proposta da beatificação e canonização".
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Depois de aprovada a posício tem de haver a declaração das virtudes heroicas, e depois é preciso esperar por um milagre. "Haverá com certeza a necessidade de uma intervenção especial de Deus, para confirmar todo este processo".
A vinda do Papa Francisco a Portugal não vai acelerar o processo, garante o bispo de Coimbra. "Queremos fazer com seriedade e bem maior da Igreja e não para a satisfação das pessoas que queriam que fosse rápido. Estou convencido que não haverá nenhuma mudança no decorrer do processo".
A igreja do Carmelo de Santa Teresa encheu-se de fiéis para a sessão de clausura da Irmã Lúcia, apelidada de figura notória da Igreja do século XX.