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À primeira vista o Instagram não é a mais inclusiva das redes sociais. Pelo menos para quem tem problemas graves de visão. E num primeiro momento poder-se-á até pensar que não há razão para um cego querer fazer parte de um grupo cujo principal motor são as fotografias. E quando não são fotos, são vídeos. E muitos sem som.
Mas os cegos não são pessoas de desistir e não é por ser um meio ao qual à partida seria difícil pertencer, que eles e elas evitam usar o Instagram.
Por outro lado, porque são um mercado como qualquer outro, na administração do Instagram não falta quem queira incluir os 285 milhões de potenciais utilizadores (a nível mundial) na rede social.
É por isso mesmo que ontem o Instagram anunciou duas novas funcionalidades que visam a inclusão de quem sofre de deficiência visual.
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Todas partem de algo chamado "alt text", uma espécie de texto extra que está para além da legenda que se coloca nas fotos.
A primeira funcionalidade recorre à inteligência artificial que está ligada ao Instagram e que analisa os conteúdos da imagem e os descreve de forma automática. Esse texto é lido em voz alta pelo sistema de acessibilidade do telefone quando quando um cego passa por essa fotografia no Instagram.

A outra dá mais trabalho, mas pode ser mais recompensadora. Nesta é o próprio utilizador , que quando adiciona uma imagem ao seu feed e depois de escrever a legenda principal tem a hipótese de ir às definições avançadas dessa mesma publicação e descrever com um maior pormenor, ou interesse humano, a fotografia que vai publicar.
São funcionalidades que estão apenas a começar, mas o alt text já está disponível para todos os utilizadores.