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É um sonho antigo, que começou a ser desenhado pela primeira vez em 1947, pelo engenheiro aeroespacial alemão Werner von Braun. Mais de 70 anos depois, estamos mais próximos de concretizar o sonho de pisar Marte e até de viver lá. Mas quão mais próximos?
Durante um mês, João Lousada viveu como se estivesse em Marte. Foi um dos seis astronautas que integrou a missão Amadee -18, no deserto de Dhofar, em Omán. A missão simulava uma viagem ao planeta vermelho, uma espécie de teste para uma missão real.
O engenheiro aeroespacial português acredita que será possível viver em Marte, mas ainda vai demorar. Já quanto às primeiras missões ao planeta vermelho, João Lousada acredita que devem acontecer nos próximos 20 a 30 anos. "Vai ser uma conquista muito especial", defende.
A jornalista Joana Carvalho Reis conversou com o engenheiro aeroespacial João Lousada.
A missão que integrou permitiu perceber os principais obstáculos que os astronautas terão em Marte. Por exemplo, o tempo de viagem, a duração da missão, a radiação solar ou até o solo no planeta vermelho.
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Um outro desafio prende-se com um dos grandes objetivos da missão: perceber se há vida em Marte. Para fazer um estudo rigoroso, é preciso não contaminar o planeta com as bactérias humanas.
E depois, a questão do isolamento dos astronautas, numa missão que duraria cerca de dois anos.
Desafios que não travam o sonho de João Lousada - pisar Marte, de verdade. "É um sonho de criança ser astronauta e explorar o espaço", confessa.
Também o microbiólogo Adriano Henriques e a astrobióloga Zita Martins contribuíram para a missão a marte. Ouça a conversa de ambos com Fernando Alves