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Os Ig Nobel Awards de têm apenas um propósito: premiar as investigações e invenções mais bizarras que a ciência consegue imaginar.
Esta distinção satírica é atribuída pela Universidade de Harvard desde 1991 e na última sexta-feira foram apresentados 10 novos laureados.
Todos os vencedores recebem um troféu e uma nota de 10 triliões de dólares zimbabweanos, que mal valem o material em que foram impressas.
Este ano, o prémio Ig Nobel da Química foi atribuído a três investigadores portugueses - Paula Romão, Adilia Alarcão e César Viana - pelo estudo "Saliva humana como agente de limpeza de superfícies sujas".
A ingestão de calorias é menor e o valor nutricional maior numa dieta canibal do que a de outras dietas baseadas em carnes, descobriu James Cole, vencedor do prémio na área da nutrição.
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Na Biologia, Paul Becher, Sebastien Lebreton, Erika Wallin, Erik Hedenstrom, Felipe Borrero-Echeverry, Marie Bengtsson, Volker Jorger e Peter Witzgall provaram que os enólogos conseguem identificar a presença de uma mosca num copo de vinho só pelo cheiro.
Stress no trabalho? Os bonecos de vudu podem ajudar funcionários que se querem vingar de chefes abusivos, pelo menos a curto prazo. Lindie Hanyu Liang, Douglas Brown, Huiwen Lian, Samuel Hanig, D. Lance Ferris e Lisa Keeping levarm para casa o Ig Nobel da Economia.
Francisco Alonso, Cristina Esteban, Andrea Serge, Maria-Luisa Ballestar, Jaime Sanmartín, Constanza Calatayud e Beatriz Alamar, da Colômbia e da Espanha investigaram o uso de palavrões no trânsito e assim venceram o Ig Nobel da Paz.
No campo da Medicina os urologistas norte-americanos Marc Mitchell e David Wartinger testaram o efeito das montanha-russas na eliminação de pedras nos rins.
Já o campo do ensino da medicina Akira Horiuchi recebeu um prémio graças à investigação: "Colonoscopia na posição sentada: Lições aprendidas com a auto-colonoscopia".
Já os selos podem ajudar os homens a perceber se têm ereções noturnas ou não, o que pode levar à deteção de doenças mais graves. A ideia foi de John Barry, Bruce Blank e Michael Boileau.
Tomar Persson, Gabriela-Alina Sauciuce e Elainie Madsen provaram que não só os seres humanos que imitam chimpanzés no jardim zoológico: o contrário também acontece e as imitações são até boas. Venceram o prémio de antropologia.
O Ig Nobel da Literatura foi atribuído a Thea Blackler, Rafael Gomez, Vesna Popovic e M. Helen Thompson. Descobriram que a maioria das pessoas não lê manuais de instruções. O estudo, intitulado "A Vida é Muito Curta para Ler a Merda do Manual: Como os Utilizadores se Relacionam com a Documentação e Excesso de Recursos em Produtos", foi publicado em 2014.
Assista aqui à cerimónia na íntegra: