António Costa falou ao país e começou por lembrar que esta é "a maior vaga de incêndios desde 2006". Disse tratar-se de um momento de luto, manifestando às famílias das vítimas condolências. Aproveitou para vincar o compromisso do Governo: "Apagadas as chamas, a solidariedade desta forma terá continuidade no momento da reconstrução e reparação dos danos sofridos por todos."
A jornalista Judith Menezes e Sousa acompanhou a declaração de António Costa
O primeiro-ministro deixou ainda uma palavra de alento "a todos os que socorreram as populações, bombeiros, sapadores, militares, profissionais de saúde e de ação social e autarcas".
Questionado sobre a situação da ministra da Administração Interna, disse que agora "não é um tempo de demissões, é um tempo de soluções."
António Costa assegurou ainda que todos os meio disponíveis foram disponibilizados, incluindo as Forças Armadas, lembrando que a GNR e a PJ duplicaram o número de suspeitos identificados do ano passado para este ano.
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O chefe do Executivo recordou o relatório da Comissão Técnica Independente, dizendo que "a principal responsabilidade do Governo é concretizar em medidas as conclusões e recomendações" apresentadas. "Depois deste ano, nada pode ficar como dantes".
Sobre se o Estado terá condições para proteger as pessoas e os seus bens, depois de Pedrógão e das centenas de ocorrências de domingo, António Costa explicou que se trata de dois eventos diferentes. "Pedrógão será sempre um caso único, pela dimensão trágica das vidas humanas e dos bens materiais, que numa única ocorrência teve lugar. O dia de ontem foi terrível, mas foi um dia onde o nosso sistema de Proteção Civil teve de responder a mais de 500 ocorrências, onde houve inúmeras perdas de vidas."
António Costa frisou que o Governo só dispõe do relatório há quatro dias e que o dever do Executivo é respeitar o trabalho científico, "concretizando em medias as conclusões apresentadas. Não podem cair em saco roto, temos de passar das palavras aos atos".