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O programa "Somos o que Comemos" quis dar a conhecer este património alimentar de Sintra. Uma iniciativa que começou em junho e termina agora, com uma conferência internacional que arranca esta sexta-feira, no Palácio de Queluz.
Fortunato da Câmara, crítico e conselheiro gastronómico do programa, explica que um dos principais objetivos é garantir que estes produtos sobrevivem.
"A programação da conferência foi pensada exatamente para chamar a atenção para este património alimentar e ver qual a possibilidade destes produtos terem outro tipo de destaque, através de uma certificação, e assim se preservarem."
Fortunato da Câmara explica que a região de Sintra tem condições muito particulares que se refletem nos produtos.
"É a combinação entre o mar, a proximidade do mar, portanto, a costa atlântica com o solo que há a mistura do chão de areia com o chão rijo. Esta combinação de solo e de clima e o microclima de Sintra que é tão conhecido e até relatado em romances dá de facto produtos de muitíssima qualidade."
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Durante a conferência "Somos o que Comemos" há também oportunidade para conhecer novos produtos, debates sobre os hábitos alimentares de Sintra nas diferentes décadas e conversas sobre o futuro da alimentação.
Mas também há espaço para pensar como a gastronomia se pode articular com o turismo numa das zonas com mais procura no país.
"Com a riqueza do seu património monumental e também com todo este rasto histórico na parte alimentar cruzarmos isso e fazer uma oferta turística no futuro em que as pessoas possam visitar os monumentos, saber a história alimentar desses monumentos e depois prová-los."
A conferência "Somos o que Comemos" termina no sábado e o programa encerra no domingo com um festim com sabor a Sintra e a eleição da melhor receita do concelho.