Não há acordo entre o Governo e a Frente Sindical de Docentes, que reúne oito sindicatos que representam professores de todo o país.
Depois de mais de hora e meia de reunião esta tarde no ministério da Educação, António Tojo, porta-voz da Frente Sindical, sublinhou que se a recuperação do tempo de serviço dos professores não começar a produzir efeitos já em 2018, não há margem para negociar.
António Tojo explicou aos jornalistas porque não houve entendimento no encontro.
A frente sindical não quer fechar a porta às negociações para já. Vai aguardar o documento escrito que será enviado pelo ministério.
João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), afirmou, após o encontro, que, por vontade do governo, o faseamento da recuperação salarial irá prolongar-se por duas legislatura, ou seja, mais oito anos.
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João Dias da Silva, da FNE, garante que, nos termos em que foi apresentada, a proposta do Governo é "inaceitável"
O dirigente sindical revelou ainda que o Governo comprometeu-se a apresentar um documento sobre as reuniões com os sindicatos, no início da próxima semana.
O executivo apenas pretende começar a pagar o valor dos anos de serviço congelados a partir de 2020, já na próxima legislatura. A proposta prevê que o pagamento inclua apenas sete anos, correspondentes ao período entre 2011 e 2017.
De fora, ficaria o período de congelamento entre agosto de 2005 e final de 2007, dois anos e meio de tempo de serviço, algo que os sindicatos dizem não estar disponíveis para aceitar.
Caso a proposta do executivo se mantenha, os professores prometem agir através das várias forma de luta disponíveis.
Na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2018, que decorreu na quarta-feira no parlamento, a secretária de Estado Alexandra Leitão já tinha revelado que qualquer reposição do tempo de serviço dos professores ficaria de fora do próximo orçamento.
O Governo chamou hoje os sindicatos de professores ao Ministério da Educação para negociar a os termos da recuperação do tempo de serviço.