Já em setembro, no início do próximo ano letivo, os alunos de 12 anos, com insucesso escolar, vão passar a ter aconselhamento pedagógico, nas escolas, além de condições mais flexíveis.
"Criaremos uma oferta de tutorias para alunos (de 12 anos), com duas ou mais retenções, para que possam optar, entre o portefólio de ofertas curriculares já existentes, por aquela que considerem mais adequada ao seu sucesso escolar", anunciou Tiago Brandão Rodrigues.
O ministro explica que o objetivo é que os alunos possam através dessa tutorias " encontrar uma gestão flexível e personalizada da turma, do horário e dos instrumentos de apoio à sua aprendizagem".
Tiago Brandão Rodrigues acusou o anterior governo de ter dirigido os alunos sem sucesso escolar para o ensino vocacional, apenas para os "remover" dos indicadores.
"Portugal tem, neste momento, alunos que aos 12 anos e que, como aparente punição do seu insucesso escolar, não foram expulsos porque seria ilegal". O ministro disse que esses alunos foram "arredados e arrumados num ensino (vocacional) de onde não era esperado que voltassem".
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Durante o debate, o CDS acusou o ministro de "fazer política ideológica" na questão dos contratos de associação.
Dirigindo-se à esquerda, Assunção Cristas convidou "quem entende que estar na escola pública é por si só garante de escola inclusiva e com igualdade de oportunidades" a visitar "uma escola no centro de Lisboa e uma nas zonas mais frágeis da periferia e depois digam se não fazem muito mais, pela inclusão social, muitas e muitas escolas do setor privado e com com contrato de associação que estão nas zonas rurais".
Em resposta às muitas críticas ouvidas ao PSD e CDS, a bancada do PS fechou o debate com um prolongado aplauso de pé ao ministro da Educação.
Após o plenário, o ministro revelou aos jornalistas que a introdução de tutorias para estes alunos custará ao estado cerca de 15 milhões de euros.