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É uma forma de desvalorizar o trabalho feito por alunos e professores. Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, reage desta forma à revelação feita pelo secretário de Estado da Educação, João Costa. Em entrevista ao jornal Público, o secretário de Estado explica que, tal como aconteceu em 2013, os estudantes do 11.º e 12.º anos que venham a ter negativa pelo desempenho ao longo do ano letivo vão ter como nota final a avaliação que obtiverem no exame nacional.
São as mesmas regras que são aplicadas aos chamados alunos autopropostos. Aqueles que, por exemplo, não frequentaram a escola mas que querem fazer exames nacionais ou que, estando matriculados, tiveram negativa a uma determinada disciplina.
Em declarações à TSF, o secretário de Estado da Educação sublinha que estas medidas não são extraordinárias.
"Sempre foi assim e assim continuará: um aluno que tenha nota negativa na sua classificação interna pode ir a exame como autoproposto. Quando têm aprovação no exame como autoproposto, a nota do exame é aquela com que fica", explicou João Costa.
"Não há nenhuma desvalorização das notas internas, pelo contrário: aquilo que estamos a fazer é garantir que todos os alunos têm a capacidade se apresentar a exame", esclareceu.
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Segundo dados do Júri Nacional de Exames, citados no Público, em 2017, dos 161 mil alunos que foram a exame, 11,5% apresentaram-se como auto propostos por terem obtido uma avaliação negativa.
Sobre o impacto da greve às avaliações decretada pelos sindicatos de professores no calendário escolar, o secretário de estado João Costa, salienta que a lei em vigor não permite que as classificações dos exames sejam divulgadas antes das notas internas. Ora as notas dos exames deveriam ser lançadas a 12 de julho mas, por causa da greve, este prazo pode ter de ser adiado com eventuais implicações no calendário do concurso de acesso ao ensino superior com arranque previsto a 18 de julho.
A greve dos professores às reuniões de avaliação começou na segunda-feira, no mesmo dia em que arrancaram os exames nacionais. O ministério da Educação quer decretar serviços mínimos para a greve. A situação vai ser decidida por um colégio arbitral.
Notícia atualizada às 14h00