Diz Assunção Cristas que o PS dará tudo o que for preciso até ao limite da decência, porque está pressionado pelo BE e pelo PCP, que travam uma luta ideológica.
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O jornalista Miguel Midões acompanhou a visita de Assunção Cristas a um colégio privado no concelho de Coimbra, onde deixou várias críticas à esquerda
É preciso discutir a matéria dos contratos de associação e, em casos de sobreposição, perceber qual a turma que deverá prosseguir: a da escola pública ou da privada? O critério, no seu entender, deverá ser a qualidade do ensino.
No Colégio Imaculada Conceição, Assunção Cristas visitou várias áreas educativas, como a Cozinha, Mesa e Bar e "cozinhou" críticas à esquerda.
Neste estabelecimento privado, 25% dos alunos têm ação social escolar e 10% têm necessidades educativas especiais. Os contratos de associação, diz Cristas, são apenas "a ponta" e por isso diz qual é o "iceberg": "Como queremos, de futuro, encarar a situação de que faltam crianças para encher as escolas. Isto é o problema da natalidade, com o qual nos cruzamos todos os dias em vários âmbitos da política".
António Franco, diretor pedagógico da instituição, que se afirma inclusiva e ausente da política de seleção de alunos, deu-lhe a conhecer que é no refeitório do Colégio que os alunos da EB1 de Cernache almoçam porque não existe na escola pública. E para a líder do CDS, a qualidade do ensino deve importar mais do que saber quem é o dono da escola.
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"Olhar para a qualidade, para a escolha dos pais, e para as questões de custo certamente, mas pensando que, se uma escola é melhor, os resultados são melhores, e se os pais a preferem não sendo mais caro do que a escola estatal porque não deverá ser essa a turma a prosseguir?", questiona.
Foi também o Colégio da Imaculada Conceição que cedeu ao Estado, a título gratuito, salas para acolher os alunos das escolas públicas em obras.
Assunção Cristas considera que há "uma agenda capturada pelos sindicatos de esquerda" e que não estará "a fugir à verdade se disser que certamente [o PS] teria uma posição diferente", caso não estivesse "aliado com BE e PCP". "O PS que conhecemos é historicamente mais moderado. O PS de hoje está capturado por uma agenda das esquerdas radicais", acusa.
Na próxima quinta-feira, o CDS-PP vai fazer uma interpelação ao governo sobre a Educação, onde tocará de novo na questão dos contratos de associação.