A vice-presidente do PSD Margarida Mano salientou, no Fórum TSF e, mais tarde, na Assembleia da República, que foi assumido um compromisso entre o Governo e os sindicatos para a contagem do tempo de serviços dos professores que "foi determinante para a aprovação do Orçamento do Estado pelos partidos que apoiam o Governo".
"Da parte do Governo, há o assumir de que o compromisso assinado e que determinou a votação do Orçamento do Estado não será respeitado", criticou.
O PSD, numa nota enviada à imprensa, acusa mesmo o Ministro da Educação e o Governo de "enganar e defraudar os professores".
Margarida Mano, vice-presidente do PSD, acusa o Governo socialista de falta de transparência
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"Este governo, depois de criar expectativas relativamente à contagem de tempo e reposições, discrimina os professores em relação aos restantes funcionários públicos. O descongelamento das carreiras não é igual para todos. O tempo para os professores conta de forma diferente", criticam os sociais-democratas.
Margarida Mano sublinhou que, relativamente ao descongelamento, os sociais-democratas mantêm a posição de princípio: "Os descongelamentos deveriam ser feitos respeitando princípios de equidade e universidade" e "de forma gradual", para não pôr em causa a sustentabilidade das contas públicas.
Quanto à reivindicação dos professores de que seja contado todo o tempo de serviço desde que se iniciou o descongelamento, Margarida Mano concordou, mas alertou que "não há varinhas mágicas". "O PSD não é Governo, não tem na sua posse elementos para saber quais os valores em causa", disse, defendendo que "qualquer processo tem de passar pelo diálogo".