A operação é descrita pela PJ como "complexa e sensível" e foi levada a cabo pela Unidade Nacional Contra Terrorismo da Polícia Judiciária. Começou no "final da passada semana e findou ontem [domingo], na sequência da qual foi possível esclarecer fatos referentes à prática dos crimes de espionagem, corrupção e violação de segredo de Estado".
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A investigação partiu de suspeitas da cúpula do Serviço de Informações de Segurança (SIS), "tendo o Secretário-Geral de Informações da Republica Portuguesa (SIRP) participado fatos ao Ministério Público que apontavam para a existência de suspeitas da prática de um crime de espionagem, por parte de um funcionário, a favor de um serviço de informações estrangeiro".
O inquérito está nas mãos Departamento Central de Investigação Criminal. O comunicado da PGR afirma ainda que há a suspeita de que a venda de informações tenha ocorrido "a troco de dinheiro".
Nenhum dos comunicados deixa claro para que país os segredos seriam levados, mas segundo o Diário de Notícias, a informação estaria a ser vendida a um agente do SVR (ex-KGB), que também foi detido. A operação "Top Secret" foi articulada entre o Ministério Público, a Polícia Judiciária e o Serviço de Informações de Segurança e também recebeu a cooperação internacional das autoridades italianas. Foi naquele país, em Roma, que os dois suspeitos foram detidos.
Também em comunicado a Procuradoria Geral da República portuguesa sublinha que "foram realizadas, igualmente, buscas domiciliárias em Portugal".
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A Polícia Judiciária afirma ainda que aos dois detidos "foram apreendidos elementos com relevante valor probatório". Ambos estão em prisão preventiva enquanto aguardam o processo de extradição.
(em atualização)