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A unidade da Polícia Judiciária (PJ) especializada em crimes violentos está a investigar as alegadas ameaças feitas aos estivadores do Porto de Leixões que se recusaram a aderir à greve às horas extraordinárias
Os estivadores de Leixões afirmam estar a ser pressionados para aderir à greve, que começou no último mês passado, e que está a paralisar o porto de Setúbal.
A jornalista Joana Carvalho Reis dá conta das denúncias dos estivadores do Porto de Leixões
As ameaças aconteceram terão acontecido pela primeira vez em 2016, durante as primeiras grandes greves nos portos de Lisboa e Setúbal. Agora estarão a repetir-se.
Ouvido pela TSF, Américo Vieira, presidente da assembleia-geral da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores Portuários (FNSTP), relata que vários trabalhadores foram ameaçados "nos postos de trabalho, com escritos nos vidros dos automóveis e em esperas à porta de casa".
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Américo Vieira, da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores Portuários, relata as pressões exercidas sobre os trabalhadores
O Jornal de Notícias adianta que o sindicato dos estivadores de Leixões já enviou um documento aos grupos parlamentares a explicar o sucedido e pede a intervenção dos deputados.
A Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores Portuários (FNSTP) acusa o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) de estar por trás das ameaças, querendo eliminar as restantes estruturas sindicais. "Um dos grandes objetivos é minorar este sindicato. É torná-lo fraco, para tomar conta do Porto de Leixões", afirma Américo Vieira.
Américo Vieira aponta o dedo ao Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística
Há um mês que decorre uma greve paralela dos estivadores precários, no Porto de Setúbal, que, no entanto, não está a ter impacto junto dos estivadores dos outros portos do país. Um carregamento previsto de 700 automóveis produzidos na fábrica da Autoeuropa, em Palmela, - e que deveria ser carregado no Porto de Setúbal - acabou por ser feito em Leixões.
A federação considera que o SEAL já poderia ter resolvido a situação de dezenas de trabalhadores, mas que preferiu guiar-se por agendas próprias de poder.
Em resposta à TSF, António Mariano do Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística diz que as denúncias de ameaças não avançam com nomes "As pessoas quando não são acusadas com nomes em concreto e situações em concreto não se podem defender."
António Mariano diz que está é uma campanha suja e sublinha que não tem problemas com sindicatos.
Ouça as declarações de António Mariano
Notícia atualizada às 11h18