Falta de medicamentos leva farmácias a subscreverem abaixo-assinado

No ano passado terão faltado mais de 64 milhões de embalagens. O alerta tem como destinatário o Infarmed que já pediu informações detalhadas às farmácias.

A notícia foi avançada pelo Correio da Manhã na edição deste domingo. Há falta de medicamentos nas farmácias. As queixas chegam de farmácias espalhadas por todo o país.

No abaixo-assinado que está a circular, as farmácias queixam-se da "degradação do sistema de distribuição" de remédios e numa "generalizada escassez de medicamentos". Os signatários pedem à autoridade nacional do medicamento para que tome medidas "pela garantia da saúde dos portugueses".

Segundo o documento, a escassez de fármacos reflete-se quando "diariamente são numerosos e reiterados os pedidos de fornecimento que não são satisfeitos", ou ou quando o são acontecem de "forma rateada, claramente insuficiente para suprir carência que se verifica". Noutros casos, adianta o texto o fornecimento é assegurado apenas vários dias após os pedidos terem sido feitos.

Reacção do Infarmed

O Infarmed já pediu às farmácias mais informações sobre as queixas de falta constante de medicamentos nos pontos de venda

A autoridade do medicamento disse esta manhã à TSF que recebeu o abaixo assinado de 24 farmácias e prontamente pediu informações adicionais para saber quais os distribuidores que não estarão a cumprir o dever de fornecimento e quais os medicamentos que as farmácias tentaram comprar e não conseguiram.

Já após esse esclarecimento, a presidente do instituto veio garantir que a saúde dos portugueses não está em causa e que se há falta de medicamentos nas farmácias é uma escolha das próprias farmácias.

Também a Ordem dos Farmacêuticos falou sobre a polémica.Ouvida pela TSF.

A Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos defende que chegou o momento para se fazer um diagnóstico exaustivo para dar resposta à falta de medicamentos nas farmácias. Ana Paula Martins sublinha que é preciso o Governo chegar a um acordo com o sector.

Relatório já apontava falhas

Há 2 semanas, um relatório da Associação nacional de Farmácias indicava que no ano passado faltaram 64 milhões de embalagens de remédios. Em dezembro, 66% das farmácias do país reportaram falta de medicamentos. Os remedidos mais em falta são o Sinemet (para a doença de alzheimer), o Trajenta (diabetes) e Aspirina GR (tromboses).

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