- Comentar
A notícia foi avançada pelo Correio da Manhã na edição deste domingo. Há falta de medicamentos nas farmácias. As queixas chegam de farmácias espalhadas por todo o país.
No abaixo-assinado que está a circular, as farmácias queixam-se da "degradação do sistema de distribuição" de remédios e numa "generalizada escassez de medicamentos". Os signatários pedem à autoridade nacional do medicamento para que tome medidas "pela garantia da saúde dos portugueses".
Segundo o documento, a escassez de fármacos reflete-se quando "diariamente são numerosos e reiterados os pedidos de fornecimento que não são satisfeitos", ou ou quando o são acontecem de "forma rateada, claramente insuficiente para suprir carência que se verifica". Noutros casos, adianta o texto o fornecimento é assegurado apenas vários dias após os pedidos terem sido feitos.
Reacção do Infarmed
O Infarmed já pediu às farmácias mais informações sobre as queixas de falta constante de medicamentos nos pontos de venda
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
A autoridade do medicamento disse esta manhã à TSF que recebeu o abaixo assinado de 24 farmácias e prontamente pediu informações adicionais para saber quais os distribuidores que não estarão a cumprir o dever de fornecimento e quais os medicamentos que as farmácias tentaram comprar e não conseguiram.
Maria do Céu Machado, presidente do Infarmed, não reconhece que haja escassez de remédios nas farmácias portugueses e avança uma explicação para a denuncia hoje conhecida
Já após esse esclarecimento, a presidente do instituto veio garantir que a saúde dos portugueses não está em causa e que se há falta de medicamentos nas farmácias é uma escolha das próprias farmácias.
Também a Ordem dos Farmacêuticos falou sobre a polémica.Ouvida pela TSF.
Ana Paula Martins considera que as farmácias prestam um serviço público que tem de ser mais bem pago de forma a sustentar a rede
A Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos defende que chegou o momento para se fazer um diagnóstico exaustivo para dar resposta à falta de medicamentos nas farmácias. Ana Paula Martins sublinha que é preciso o Governo chegar a um acordo com o sector.
A Bastonária diz que a descida a pique do preço de muitos medicamentos tem prejudicado o mercado porque por um lado aumenta a exportação paralela e por outro lado agrava a situação das farmácias numa altura em que há mais de 600 em fase de insolvência
Relatório já apontava falhas
Há 2 semanas, um relatório da Associação nacional de Farmácias indicava que no ano passado faltaram 64 milhões de embalagens de remédios. Em dezembro, 66% das farmácias do país reportaram falta de medicamentos. Os remedidos mais em falta são o Sinemet (para a doença de alzheimer), o Trajenta (diabetes) e Aspirina GR (tromboses).