Faltam professores e autonomia na Escola Básica João Rodrigues

Na Escola Básica Padre João Rodrigues, em Sernancelhe, todos estão conscientes do desempenho escolar e dos resultados dos exames, inferiores à média nacional.

A escola "está num concelho marcadamente rural", nem todas as crianças têm computador e acesso à internet só nas salas de aula e biblioteca. E assim, constata o diretor, "as crianças têm poucas expectativas em relação à escola porque lá fora há muito mais para oferecer".

O jornalista Amadeu Araújo foi conhecer uma escola onde os alunos não têm expectativas

00:0000:00

Carlos Rei, que há dois anos dirige esta escola, queixa-se da "falta de autonomia para desenvolver um projeto educativo que vá ao encontro da comunidade. Temos um professor por grupo e isso condiciona a prática pedagógica e o desenvolvimento de projetos que atraiam os alunos". João Aguiar, que preside à Associação de Pais, corrobora: "faltam professores e isso contribui para o mau desempenho escolar".

E o que dizem os alunos? Para já, diz o Francisco, "é melhor estar na escola que em casa, onde tenho que trabalhar". Com positivas a todas as disciplinas, "a preocupação é acabar o secundário e depois tirar um curso para cuidar da vida".

Com 420 alunos, turmas mistas que englobam vários anos e 47 professores, a Escola Básica de Sernancelhe procura contornar os maus resultados escolares e, para além do estudo orientado, há uma rede de parcerias que envolve a autarquia, o conservatório de música e a escola profissional que procura complementar a oferta educativa. E em período de férias a escola permanece aberta com atividades de tempos livres.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de