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Francisco tem 32 anos e é, por estes dias, das pessoas mais faladas do país, depois de ter interrompido o discurso de António Costa, numa festa do Partido Socialista.
"Tudo correu como estava previsto", começa por garantir, em declarações à TSF, admitindo que "foi relativamente simples furar o protocolo e subir ao palco", altura em que tentou travar o discurso do primeiro-ministro para defender que o Aeroporto do Montijo não deve avançar.
"O plano que tínhamos deu certo." Ouça a peça de Ana Sofia Freitas com as declarações do ativista
O ativista conta que fazia parte de um grupo de "12 pessoas", em que todos estavam em sintonia em relação ao objetivo principal: "Sabíamos qual era a mensagem, sabíamos que era preciso passar essa mensagem e isso suplantou todos os nervos que naturalmente existiam."
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De forma "criativa, com imaginação, determinação e respeito pelas pessoas todas", encontraram uma "forma de entrar neste evento e quebrar o protocolo".
Francisco acredita que a forma como entraram no local "não é tão importante" como a mensagem, não confirmando a ideia de que se identificaram como estudantes de jornalismo.
O homem que esteve lado a lado com Costa, durante vários segundos, assumiu que "não é todos os dias que se chega ao lado do primeiro-ministro". "É uma situação muito protocolar, que normalmente se passa sempre da mesma forma. É necessário quebrar o protocolo, éramos 12 pessoas e todos e todas estávamos muito cientes porque é que estávamos ali e isso foi essencial", revela, frisando que o plano resultou.
"O plano que tínhamos deu certo, tínhamos um bom plano. Foi bem planeado e bem-sucedido", realça.
"Fui agredido longe das câmaras"
Depois da subida ao palco, Francisco foi retirado pelos seguranças e garante que foi agredido. "Fui levado naturalmente levado para fora do palco, é uma situação incómoda para aquele protocolo, fui agredido de forma algo gratuita, longe dos olhares e das câmaras", afirma o ativista.
Porém, o que foi conseguido, garante, é mais relevante. "É uma situação irrelevante comparado com a agressão que existe diária ao planeta, aos ecossistemas e são riscos que estamos dispostos a correr", frisou.
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