Governo declara calamidade pública e prevê uma segunda-feira muito difícil

António Costa deslocou-se à Autoridade de Proteção Civil durante a noite de domingo para segunda, onde esteve reunido com a Ministra da Administração Interna.

Se este domingo foi difícil, segunda-feira não deverá ser melhor. O primeiro-ministro avisa que as condições meteorológicas, sobretudo no interior norte do país, vão continuar a ser de muito calor e sem previsão de chuva. Motivo pelo qual decidiu "assinar o despacho de declaração de calamidade pública a norte do Tejo".

António Costa, que falou aos jornalistas já depois das duas e meia da manhã, começou por dar as "condolências às famílias das vítimas" e uma "palavra de alento aos mais de 12 mil operacionais" que estão no terreno a combater as chamas.

Em Portugal registaram-se 523 incêndios este domingo, o maior número de incêndios "desde 2006" adianta o primeiro-ministro e motivo pelo qual "não há meios para acorrer a todas as necessidades".

António Costa aproveitou ainda para lembrar que o problema estrutural do país, em matéria de incêndios, tem a ver com a reforma da floresta e garante que o governo vai aproveitar várias recomendações do relatório da comissão técnica independente.

O primeiro-ministro aproveitou ainda para reafirmar a confiança política na ministra Constança Urbano de Sousa: "se não não estava aqui comigo". António Costa foi mais longe e considerou que "é até um bocado infantil achar-se que tirar consequências políticas é demitir a ministra."

Sobre as declarações do Presidente da República, que pediu que fossem assumidas consequências políticas, António Costa mostra-se convicto de que Marcelo Rebelo de Sousa não estava a pedir a demissão da ministra.

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