"É absolutamente fundamental chegarmos a 2030 com um audaz objetivo: que 80 por cento de nós possa ter um conjunto de competências digitais básicas ou, se possível, mais do que básicas", afirmou o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, durante a apresentação do programa "Gen10s Portugal".
Tiago Brandão Rodrigues estabelece as metas para o projeto
O projeto nasceu em Espanha, numa parceria entre a Google e a associação 'Ayuda en Acción', e chega agora a Portugal com o objetivo de colocar 5 mil alunos do 5.º e do 6.º anos a aprenderem programação e a reforçarem as competências digitais já a partir do próximo ano letivo.
Segundo os responsáveis pelo projeto, o programa - que, em boa parte, contempla o uso do da ferramenta 'Google Scratch' e procura ajudar os jovens a pensar de forma criativa, a raciocinar sistematicamente e a melhorar o trabalho coletivo - contempla ainda a formação de cerca de 500 professores.
Na apresentação do programa, o ministro da Educação defendeu que é preciso "pensar digital" e que as competências digitais "exigem uma ação coordenada para não deixar ninguém para trás", dando destaque ao objetivo do Executivo de prosseguir com a Iniciativa Nacional de Competências Digitais.
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"Tem de ser um movimento que possa reforçar a competitividade do país", acrescentou Tiago Brandão Rodrigues, que salientou a importância de promover a informação digital nas nossas escolas "junto dos alunos, mas também junto dos docentes e com as comunidades locais".
Quanto a António Costa, sublinhou que é preciso estar preparado par o futuro: "O futuro é cheio de imprevisibilidade, portanto, o melhor é termos as ferramentas necessária para o futuro".
O primeiro-ministro aproveitou ainda para reafirmar algumas metas, adiantando que quer que até 2020 haja "50 mil pessoas com competências em matéria de literacia digital" e que se possa "converter 15 mil licenciados de áreas de baixa empregabilidade" para terem competências na área da programação.
António Costa vê neste projeto uma preparação para o futuro
"É preciso investir não só nas crianças, mas também na população adulta", vincou.
Na apresentação do programa marcou ainda presença Marcel Leonardi, responsável pela área de Políticas Públicas da Google Portugal, que considerou que Portugal se tem mostrado "preocupado" com a questão das competências digitais.
Já Annette Kroeber-Riel, diretora sénior de Políticas Públicas e Relações Intergovernamentais da Google Europa, manifestou a satisfação pela implementação do programa que vai tentar, através do acesso às ferramentas digitais, "combater as desigualdades que ainda existem no caminho da igualdade de género".