Há 40 anos povo de Ferrel marchou contra central nuclear

A câmara de Peniche assinala este domingo o 40º aniversário do primeiro protesto antinuclear em Portugal.

Será descerrada uma placa evocativa e ao início da tarde vai ser recreado o trajeto da marcha de 15 de março de 1976.

Há 40 anos população de Ferrel, no concelho de Peniche levantou-se para se opor ao projeto de instalação no local de uma central nuclear. O protesto popular foi imortalizado numa música. Em "Rosalinda" Fausto canta : "...e em Ferrel, lá para Peniche, vão fazer uma central que para alguns é nuclear, mas para muitos é mortal".

António José Correia, presidente da Câmara de Peniche, era, na altura do protesto, colaborador do jornal local "O Arado". Recorda que a contestação à central nuclear juntou centenas de pessoas que "iam munidas dos seus instrumentos de trabalho, uns iam de trator, outros de bicicleta e outros de burro".

Apesar do aparato , da presença no local de centenas de pessoas e de muitos guardas da GNR, o protesto contra a central nuclear em Ferrel decorreu sem incidentes; "Não aconteceu nada, houve respeito mútuo. Foi uma manifestação pacífica".

António José Correia diz que a manifestação não teve o apoio de partidos políticos ou de associações ambientalistas. Foi genuinamente popular. Um "não" ao nuclear que se fez ouvir. A central de Ferrel nunca saiu do papel.

Quercus defende encerramento da central nuclear de Almaraz

O tempo de vida de uma central nuclear são 30 anos, em Portugal não existe nenhuma, mas às portas do país existe uma que está a causar preocupações: é a de Almaraz.

Uma central nuclear com 35 anos.

Esta semana três eurodeputados, Marisa Matias, Ana Gomes e Carlos Zorrinho questionaram a Comissão Europeia sobre o que está a ser feito para garantir o funcionamento seguro desta central espanhola, situada junto ao Rio Tejo e próxima dos distritos de Castelo Branco e Portalegre.

A Quercus defende o encerramento da Central nuclear de Almaraz, a mais próxima de portugal.

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A Quercus defende que devia encerrar.

Nuno Sequeira, dirigente da associação ambientalista explica porque razão Almaraz representa um risco para Portugal.

"Um teste realizado em 2015 pela Greenpeace revelou graves problemas de segurança ao nível dos mecanismos que devem prevenir acidentes. Há dois meses tivemos notícia de problemas ao nível das bombas de refrigeração no reator central. Como tal, são problemas recorrentes e que mostram bem que esta central já não devia estar em funcionamento e representa um perigo real para Portugal e para Espanha".

Os testes de segurança feitos na central nuclear espanhola não tranquilizam Nuno Sequeira.

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