O Observatório da Violência no Namoro funciona a partir de uma plataforma online para o qual se podem enviar, de forma anónima, denúncias de casos desse tipo de violência. Tanto vítimas directas, como testemunhas dessas práticas. Num ano, a entidade recebeu 151 queixas.
O jornalista Rui Tukayana falou com Mafalda Ferreira, a coordenadora executiva do Observatório da Violência no Namoro. A entrevista começou com um balanço deste primeiro ano de actividade.
Entre os resultados há números que não espantam, como o facto da maioria das vítimas serem mulheres (90,7%) e da maioria dos agressores serem do sexo masculino (94,7%). Mas depois há também que fazem pensar: são muitos os relatos de violência mesmo após o fim do namoro (72,2%) e é cada vez mais prevalente a violência online (21,2%).
Segundo o Observatório, boa parte das vítimas são alvo de vários tipos de violência na relação. A tipologia de violência mais prevalente é a psicológica (90,7%), seguida da física (53,6%), social (33,1%), stalking (29,1%) e da violência sexual (17,2%).
Quase dez por centos das vítimas foram ameaçadas de morte.
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