Cristas defende que apoio do Estado às empresas não chega

A presidente do CDS-PP afirmou que o apoio financeiro do Estado para ajudar empresas afetadas pelos incêndios "é muito pouco".

"É uma gota, é muito pouco", disse Assunção Cristas, quando questionada se será suficiente o apoio de 100 milhões de euros anunciado pelo Governo para recuperar todas as empresas atingidas pelos incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro.

Assunção Cristas falava aos jornalistas esta quarta-feira, na zona industrial de Oliveira do Hospital, após ter visitado duas unidades industriais destruídas pelo fogo que assolou a região na semana passada. A líder do CDS-PP apontou o exemplo de uma empresa do setor têxtil, que empregava mais de 50 pessoas, e "precisará de 15 milhões de euros" e entre "um ano e meio a dois" para realizar a sua recuperação.

"O montante que até agora foi anunciado" pelo Governo para apoiar a reposição da capacidade produtiva das empresas destruídas, total ou parcialmente, "parece-nos muito pouco", sublinhou.

No entanto, "o que existe tem de ser imediatamente mobilizado", defendeu a líder centrista.

Ao referir que "há prejuízos muito grandes" na área industrial, Assunção Cristas realçou que a atividade agrícola "demora ainda mais tempo a recuperar" dos danos causados pelos incêndios. "Não se recuperam olivais ou vinhas num ano e meio ou em dois", acrescentou.

Assunção Cristas insistiu ainda na proposta do CDS-PP para que seja criada "uma unidade de missão para a reconstrução", liderada por "uma personalidade de reconhecido mérito" a nível nacional ou regional.

"A reconstrução tem de ser vista com toda a atenção", adiantou, defendendo a necessidade de uma entidade "que possa servir de facilitador entre as empresas e o Estado, de maneira a que todos os processos sejam agilizados".

Antes da visita à zona industrial, Assunção Cristas visitou o quartel dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital.

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