A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, lamentou esta segunda-feira, em Lisboa, o "número extraordinariamente elevado" de mortes em consequência dos incêndios de domingo na zona Centro, considerando necessário recuperar a confiança no Estado no seu papel de apoio aos cidadãos.
"A primeira palavra tem de ser sobre as vítimas, para os familiares das vítimas", salientou Assunção Cristas, que declarou posteriormente que, "se calhar, voltou a acontecer" um conjunto de falhas do Estado, à imagem do que ocorreu em Pedrógão Grande e foi registado no relatório técnico independente sobre o incêndio que em junho matou 64 pessoas.
"As coisas ainda estão muito recentes, é preciso olhar com atenção", disse ainda a líder centrista sobre os fogos de domingo, escusando-se Cristas a falar em concreto do papel, por exemplo, da ministra da Administração Interna.
Sobre este ponto, Assunção Cristas disse somente que a posição do CDS-PP "não mudou" - no passado os centristas já pediram a demissão de Constança Urbano de Sousa, mas hoje a líder do partido optou por se centrar no apoio às famílias das vítimas e na procura de explicações para a tragédia.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 27 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
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