O presidente da Câmara de Arouca queixa-se de falta de meios no combate aos incêndios que com o calor não param de surgir em várias zonas do concelho. José Artur Neves está preocupado com as casas, mas também com a situação na Serra da Freita onde, diz, praticamente já não há verde, o que vai impedir a alimentação dos animais nas pastagens.
José Artur Neves faz o ponto da situação e recorda as temperaturas registadas de madrugada
Ao início da manhã de segunda-feira, o concelho ainda tem vários incêndios ativos. A noite foi difícil, mas o dia pode ser pior, com o autarca a recordar que durante a noite registaram-se 30 graus na serra a mais de mil metros de altitude, algo que seria à partida "impensável".
O autarca explica o que o leva a dizer que a situação é "catastrófica" na Serra da Freita
Sem meios para combater tantos incêndios que surgem no concelho de Arouca, José Artur Neves explica que mesmo pequenos fogos acabam por gerar situações preocupantes.
Entretanto, ao início da tarde, o incêndio que começou no sábado em Arouca alastrou hoje ao concelho vizinho de Vale de Cambra, onde a situação se agravou e envolve agora "quatro ou cinco frentes ativas", disse à Lusa o comandante a corporação local, Victor Machado.
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"Este incêndio ainda está bastante intenso e, durante a noite, o nosso trabalho foi praticamente defender casa a casa, porque o interface urbano-florestal em Vale de Cabra é complicadíssimo, com as habitações isoladas e muito inseridas no meio da floresta", realçou Victor Machado, comandante dos Bombeiros de Vale de Cambra.