Ponte do Guadiana devia ter tido obras "há mais de um ano"
O bastonário dos engenheiros diz que existiu um projeto de intervenção que não chegou a ser feito e lamenta que as dificuldades orçamentais se sobreponham à necessidade de manutenção.
"Há mais de um ano", existiu "um projeto no sentido da intervenção, só que ela não foi feita", disse à TSF Carlos Matias Ramos.
O bastonário dos engenheiros reagia à notícia da TSF onde as autarquias exigem obras urgentes na ponte que liga o Algarve ao sul de Espanha.
Lembrando que "todas as infraestruturas têm que ter uma manutenção", o bastonário diz que "a ponte não teve as intervenções em tempo que devia ter" tido.
A falta de manutenção, "agravou o problema". Por isso, garante: "temos que intervir". E rapidamente. Quanto mais mais tempo passar, pior pode vir a ser: "A não intervenção em obras deste tipo agrava o risco de segurança", diz o bastonário.
"O que nos preocupa é que identificado o problema, não se faça logo a intervenção devida". Uma situação que ocorre devido a questões orçamentais. "Muitas vezes, dificuldades de natureza orçamental dificultam, inviabilizam as intervenções em tempo e isto preocupa a ordem dos engenheiros", conclui o bastonário.
Infraestruturas de Portugal garante que a Ponte é segura
Rui Coutinho, da Infraestruturas de Portugal garante que a Ponte do Guadiana é segura e adianta que as obras vão decorrer dentro do prazo expectável. A adjudicação da obra está prevista para o último trimestre do ano, "depois da época balnear".
Quando foi identificado um cordão partido na Ponte verificou-se que "a segurança estrutural não estava em causa" e que a capacidade resistente da estrutura era adequada".
Rui Coutinho sublinha que a intervenção vai decorrer de acordo com "os procedimentos normais de contratação pública de que dispomos".
A IP lembra que em causa está "uma Ponte internacional" e por isso "teve de ser negociado um convénio com Espanha" para que "as condições técnicas e financeiras da obra fossem devidamente acordadas".
A obra terá um custo de cerca de 13 milhões de euros e deverá demorar 18 meses.