40 anos depois, "falta orientação" à justiça em Portugal

Pedro Magalhães, um dos coordenadores do livro "40 anos de políticas de justiça em Portugal", lamentou, na Manhã TSF, a falta de ideias dos partidos nesta área.

O livro foi coordenado por cinco investigadores das áreas da sociologia e do direito, que dividiram estes 40 anos em quatro grandes momentos: o momento das ruturas e continuidades, depois da revolução; a aplicação da constituição; a consolidação do sistema; e por último, as respostas à crise da justiça.

A entrevista completa a Pedro Magalhães

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Na Manhã TSF, Pedro Magalhães lamentou a falta de orientações dos partidos que, por si só, gera instabilidade do aparelho da justiça.

O politólogo do Instituto de Ciências Sociais, da Universidade de Lisboa, acrescenta que "cada vez que muda um ciclo político, há muitas alterações que são introduzidas sem que se perceba o sentido dessas alterações".

O livro não pretende apontar caminhos, mas apenas abrir debates. Como é o caso da questão da tutela do Ministério Público ser mais política ou mais da magistratura.

Pedro Magalhães destaque a capacidade de em 40 anos, Portugal ter construído um aparelho de justiça independente da política.

Este investigador admite que o caso Casa Pia foi marcante na justiça portuguesa, por colocar em causa alguns instrumentos do processo penal. E desvaloriza a ideia, algumas vezes replicada, de Portugal ter um "garantismo" excessivo, nas leis processuais penais.

Pedro Magalhães contrapõe, com as constantes condenações do Estado Português, nos tribunais europeus, devido a errada aplicação do conceito de liberdade de imprensa.

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