Começa o julgamento do caso que envolve o antigo vice-presidente de Angola

Manuel Vicente é um dos quatro arguidos do caso Fizz. É acusado de corrupção ativa, branqueamento de capitais e falsificação de documento.

Na primeira sessão do julgamento do caso Fizz no Campus da Justiça, o coletivo de juízes deve apreciar como questão prévia o pedido de separação de processo dos advogados de Manuel Vicente, que tinha sido recusado pelo Ministério Público.

Além de Manuel Vicente, há mais três arguidos, num caso de corrupção, branqueamento de capitais, violação do segredo de justiça e falsificação de documentos.

Manuel Vicente é suspeito de ter pago mais de 700 mil euros a Orlando Figueira para que o então procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) arquivasse dois inquéritos, um deles o caso Portmill, relacionado com a aquisição de um imóvel de luxo no Estoril.

Figueira era responsável pelo processo que investigava a forma como é que o então presidente da Sonangol tinha adquirido em 2007 um apartamento de quase 4 milhões de euros no edifício Estoril Sol Residence.

De acordo com a acusação, quatro anos mais tarde Vicente pagou ao procurador para arquivar o processo que o podia comprometer. Os pagamentos terão sido feitos antes e depois do arquivamento do processo. O Ministério Público acredita que o esquema incluiu contratos de trabalho e empréstimos bancários fictícios.

Manuel Vicente está acusado por corrupção ativa, branqueamento de capitais e falsificação de documento, em coautoria com os arguidos Paulo Blanco, o advogado do estado angolano em vários processos que estavam nas mãos de Orlando Figueira, o antigo procurador do DCIAP e Armindo Pires, um homem de confiança do antigo vice-presidente angolano.

O início do julgamento está marcado para as 9h30. O coletivo de juízes é presidido por Alfredo Costa.

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