"Ligeiro toque da cauda" na origem de aterragem de emergência em Faro

Companhia holandesa Transavia revela que houve "alerta técnico" no avião que descolou do Funchal com 144 passageiros.

Um "ligeiro toque da cauda" durante a descolagem no Funchal, na Madeira, justificou, esta segunda-feira, a aterragem não planeada do avião da Transavia em Faro , segundo a transportadora aérea.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a transportadora aérea holandesa, que nunca menciona uma situação de emergência, referiu que o seu voo HV6330, de ligação entre o Funchal e Amesterdão, com 144 passageiros a bordo, foi divergido para Faro para uma "inspeção técnica depois de um ligeiro toque da cauda durante a descolagem" da região autónoma da Madeira.

"Devido a este incidente, a aeronave precisou de ser inspecionada - o que é um procedimento habitual - como precaução, no aeroporto mais próximo, que era o de Faro", lê-se no comunicado.

Face a este "alerta técnico", o avião ficou impossibilitado de voar mais alto do que dez mil pés e apenas a uma velocidade de aproximadamente 250 nós (463 quilómetros por hora).

"Depois de uma inspeção técnica em Faro", aeronave foi autorizada a retomar o seu voo, que continuou com um atraso de cerca de 02h30 horas. A aterragem aconteceu no aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, pelas 17h15 locais (16h15 de Lisboa).

"Apesar deste atraso, tanto os passageiros, como a tripulação encontram-se bem", garantiu a Transavia, companhia de baixo custo do grupo KLM/Air France.

No comunicado, a transportadora acrescentou o que chamou de nota para referir que vários meios de comunicação social portugueses noticiaram a "interferência de F16 [tipo de aviões] da Força Aérea", o que "não é completamente correto", já que, segundo as suas informações, "fez parte de um treino/exercício" dos militares.

"Não houve nenhum incidente ou qualquer outro problema", garantiu a posição oficial da Transavia, que remete para a Força Aérea mais informações sobre o caso.

Fonte oficial da NAV- Navegação Aérea de Portugal informou à agência Lusa que esta situação não condicionou o espaço aéreo nacional.

A Força Aérea Portuguesa (FAP) tinha informado que uma parelha de F-16M da Força Aérea assistiu hoje uma aeronave da Transavia, que declarou emergência após descolar do Funchal, ilha da Madeira.

O avião, um Boeing 737 da Transavia, comunicou problemas de pressurização quando fazia a ligação com Amesterdão, revelou a FAP, em comunicado.

A aeronave divergiu e aterrou em segurança no aeroporto de Faro, pelas 12h51, adiantou a FAP, que na sequência do alerta ativou "todo o seu sistema primário de Busca e Salvamento, no decurso da ocorrência".

Esta foi a segunda vez em menos de 24 horas que a Força Aérea ativou a parelha de F-16 em alerta permanente na Base Aérea n.5, em Monte Real, para escoltar uma aeronave civil em dificuldades.

"A FAP estava preparada"

Na sua conta na rede social "Twitter", o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, salientou a prontidão da FAP: "É muito raro ter 2 emergências em 2 dias, mas a FAP estava preparada", escreveu.

No domingo, o avião da Air Astana, que descolou de Alverca às 13h21 e que declarou emergência, esteve algum tempo a sobrevoar a região a norte de Lisboa e o Alentejo, numa trajetória irregular, antes de ter sido tomada a decisão de o Embraer da companhia do Cazaquistão aterrar no aeroporto de Beja, o que aconteceu às 15:28, à terceira tentativa.

Durante a emergência, as autoridades chegaram a equacionar a possibilidade de a aeronave fazer uma amaragem no rio Tejo, mas as condições atmosféricas não o permitiram.

Hoje fonte oficial da companhia do Cazaquistão referiu à Lusa que, as indicações iniciais, são de que a aeronave apresentava desvios de estabilidade do eixo longitudinal ('roll-axis', no original)".

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