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Um ativista espanhol contra o desperdício alimentar apresentou esta terça-feira em Bruxelas, na Bélgica, cerca de 1,2 milhões de assinaturas para combater esta prática e exigir que os supermercados doem a comida que sobra a organizações não-governamentais.
Manuel Bruscas e outros impulsionadores da iniciativa reuniram-se com a diretora da Segurança Alimentar da Comissão Europeia, Sabine Juelicher, na data em que se assinala do Dia Mundial da Alimentação.
"Foi uma reunião positiva, sem medidas concretas, mas com atenção e a promessa de introduzir o tema na agenda", disse.
Mais de um terço da comida produzida hoje acaba no lixo e, de acordo com um relatório de 2017 da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), uma em cada nove pessoas no mundo passa fome.
"Se fizerem contas simples, existe comida suficiente para que todos possamos ter uma dieta decente. 25% deste terço de comida é suficiente para que as pessoas não passem fome", explicou o ativista.
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Com mais de 80 milhões de pessoas na Europa a viver abaixo da linha de pobreza e mais de 40 quilos de alimentos desperdiçados por supermercados numa média diária no continente, Manuel Bruscas explica que "conseguir um consenso deve ser uma prioridade, pois a pobreza e a alimentação da população são algo básico".
A campanha, lançada em 2015 através da plataforma de participação cidadã change.org, foi criada por Arash Derambarsh, conselheiro da cidade parisiense de Courbevoie e impulsionador da atual legislação francesa contra o desperdício.
A lei na França obriga os supermercados com mais de 400 metros quadrados a doar a comida que sobra.