Marinha tem uma mulher a tirar o curso de submarinos

O curso de submarinos arrancou hoje na base naval do Alfeite. Teve 20 candidatos mas só sete foram escolhidos e no meio dos sete há uma mulher.

Noemie Freire já leva dez anos de marinha e o crachá com uma ancora de prata, comprovativo de mais de oito mil horas de oceano, mostra que esta especialista em operações com radares e sonares escolheu frequentar o curso de submarinos não apenas como uma nova experiência.

"Procurava um desafio pessoal e profissional também, já conheço os navios de superfície e tive bastante interesse em conhecer os navios de subsuperfície (submarinos)", explica.

Noemie promete estudar "afincadamente". Os próximos nove meses vão ser de estudo intenso e diversificado porque os submarinista têm que aprender a mexer em todas as partes do navio.

E sendo o submarino uma caixa fechada é preciso estar preparado para este novo ambiente. "O mar; não o conseguimos ver, estamos por debaixo dele. As rotinas são iguais às das fragatas. Funciona por sistema de "bordadas", ou seja, seis horas de descanso e seis horas de trabalho; em que as seis horas de descanso nunca chegam a ser seis horas porque é preciso fazer as limpezas, alimentar-se e fazer a higiene pessoal", revela.

Para Noemie "não é o facto de ser a primeira mulher dentro de um submarino que muda alguma coisa" é só uma questão de habituação à falta de privacidade dentro deste tipo de navio.

A Armada portuguesa tem dois submarinos ao serviço e 180 submarinistas que vão rodando a presença no mar. O curso de submarinos realiza-se todos os anos e tem um elevado grau de exigência, em média, cerca de 20% dos alunos acaba por desistir.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de