Nem o Rio Paiva escapa à invasão de eucaliptos

Um dos incêndios que mais queimou floresta em 2016 aconteceu em Arouca. Autarquia lançou "guerra" ao eucalipto.

A Câmara de Arouca lançou no último ano um apelo para que sejam denunciadas as plantações de eucalipto, uma espécie que segundo o presidente da autarquia (e muitos especialistas) potencia os fogos florestais.

José Artur Neves admite que um ano depois dos grandes incêndios que atingiram o concelho pouco mudou porque estas mudanças não se fazem em pouco tempo e demoram "décadas... gerações".

A autarquia começou a adaptar-se à legislação entretanto aprovada que vai permitir às câmaras definir o ordenamento florestal e fiscalizá-lo ao contrário do que acontece até agora em que a aprovação (e fiscalização) é do Estado central.

José Artur Neves diz que uma das prioridades é travar o eucalipto e dá um exemplo: "Pedimos aos proprietários para cederem durante uma década 10 metros ao longo da estrada que liga a sede do concelho aos Passadiços do Paiva para plantar árvores autóctones".

Em paralelo, perante a ineficácia da fiscalização, quem vive no concelho foi desafiado a denunciar plantações não legalizadas de eucalipto que são ainda hoje comuns apesar das regras que existem há "muitos anos".

O autarca dá o exemplo das margens do Rio Paiva, perto dos famosos Passadiços, onde é, há muito tempo, proibido plantar eucaliptos a menos de 50 metros da margem.
No entanto, José Artur Neves afirma que "se percorrermos todo o vale do Paiva se calhar nem 10% do Rio Paiva é que não tem eucaliptos nas suas margens".

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