A Câmara de Arouca lançou no último ano um apelo para que sejam denunciadas as plantações de eucalipto, uma espécie que segundo o presidente da autarquia (e muitos especialistas) potencia os fogos florestais.
José Artur Neves admite que um ano depois dos grandes incêndios que atingiram o concelho pouco mudou porque estas mudanças não se fazem em pouco tempo e demoram "décadas... gerações".
A autarquia começou a adaptar-se à legislação entretanto aprovada que vai permitir às câmaras definir o ordenamento florestal e fiscalizá-lo ao contrário do que acontece até agora em que a aprovação (e fiscalização) é do Estado central.
José Artur Neves diz que uma das prioridades é travar o eucalipto e dá um exemplo: "Pedimos aos proprietários para cederem durante uma década 10 metros ao longo da estrada que liga a sede do concelho aos Passadiços do Paiva para plantar árvores autóctones".
O autarca explica os projetos com árvores autóctones que travam as chamas.
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Em paralelo, perante a ineficácia da fiscalização, quem vive no concelho foi desafiado a denunciar plantações não legalizadas de eucalipto que são ainda hoje comuns apesar das regras que existem há "muitos anos".
José Artur Neves avança casos de ilegalidades com eucaliptos que não são fiscalizadas
O autarca dá o exemplo das margens do Rio Paiva, perto dos famosos Passadiços, onde é, há muito tempo, proibido plantar eucaliptos a menos de 50 metros da margem.
No entanto, José Artur Neves afirma que "se percorrermos todo o vale do Paiva se calhar nem 10% do Rio Paiva é que não tem eucaliptos nas suas margens".