Carris, travessas e balastro. São os principais componentes das vias férreas e segundo o relatório das Infraestruturas de Portugal, revelado pelo jornal Público, responsáveis pela avaliação negativa de 58% da ferrovia.
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O pior troço é o que liga Ovar a Gaia. Os 35 km desta linha recebem uma avaliação de 1,9 numa escala de 1 a 8. Concluem os autores, que o troço precisa de uma intervenção urgente já que, lê-se, "os ativos há muito excederam o tempo de vida".
Neste como nos outros casos, a falta de conservação é apontada como o principal fator para o estado de degradação a que chegaram as vias.
Entre os piores exemplos estão ainda os troços Tua-Pocinho, Espinho-Oliveira de Azeméis e Aveiro-Sernada do Vouga.
Na comparação entre as linhas suburbanas de Lisboa e Porto, os técnicos das Infraestruturas de Portugal concluem que é em Lisboa que as coisas estão piores. A linha de Cascais e a linha de Cintura (que liga Alcântara-Terra a Braço de Prata) obtêm uma classificação de medíocre. A mesma nota dada ao ramal de Tomar, à linha do Algarve entre Lagos e Faro e ao troço entre Entroncamento e Sarnadas.
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O jornal Público procurou estabelecer uma relação entre os 20 descarrilamentos que aconteceram nos últimos quatro anos e o estado de conservação das diferentes linhas e conclui que todos os acidentes ocorreram em linhas consideradas problemáticas.