São multimilionários e atualmente existem mais de 2 mil em todo o mundo. A fortuna destes super-ricos aumentou mais de 620 mil milhões de euros no último ano, um valor que teria sido suficiente para acabar com a pobreza extrema no mundo mais de sete vezes.
Os números são da Oxfam, uma confederação de organizações não-governamentais presente em vários países e que trabalha para a redução da desigualdade.
O relatório mostra que a riqueza dos multimilionários cresceu 13% ao ano desde 2010. No ano passado, metade da população mundial não ficou com qualquer parcela da riqueza gerada no mundo.
No caso do Brasil, as cinco pessoas mais ricas do país têm um património equivalente a metade da população brasileira.
Isto significa que 5 homens brasileiros têm a mesma quantia que cerca de 100 milhões de pessoas. Em 2017, o Brasil ganhou mais 12 bilionários e a fortuna deste grupo corresponde a mais de 40% da riqueza do país. Os números mostram também que a metade mais pobre do Brasil possui apenas 2% da riqueza nacional.
A Oxfam salienta que houve um aumento histórico de multimilionários no ano passado. A organização olhou também para a origem das grandes fortunas. Dois terços estão ligadas a heranças, monopólios e capitalismo clientelista.
As mulheres pobres foram as menos beneficiadas pelo crescimento económico. Em todo o mundo, as mulheres ganham menos que os homens e estão super-representadas nos empregos mais precários. O relatório mostra também que em cada dez novos multimilionários, nove são homens.
