No aviso da Direção-geral de Agricultura, publicado em Diário da República esta sexta-feira, o diretor-geral, Pedro Teixeira, faz uma síntese dos principais elementos do caderno de especificações, lembrando que o rótulo Porco.PT traduz uma alimentação aos animais com um mínimo de 50% de cereais, condições de bem-estar traduzidas numa "área de engorda útil no mínimo superior" às ditadas pelas normas europeias, e à castração cirúrgica dos leitões para evitar o odor na carne.
"O produto apresenta-se no mercado sob a forma de carcaça e meias carcaças, bem como sob a forma de qualquer peça de desmancha, embaladas ou a granel", acrescenta o diretor-geral, explicando ainda que o rótulo pode ser usado "qualquer que seja a forma de apresentação comercial" da carne.
O caderno de encargos a cumprir pelos produtores que queiram usar o rótulo Porco.PT foi aprovado no ano passado, com medidas que cobrem toda a fileira da carne de porco, incluindo fabricação da ração, transporte de animais, produção dos animais, unidades de abate e salas de desmanche, até à distribuição e unidades de venda.
Perante a crise de vendas no setor, os suinicultores portugueses criaram o Gabinete de Crise e fizeram várias ações de protesto pelo país para pedir medidas que evitassem o colapso da suinicultura.
Umas das principais reivindicações era o aumento do preço da carne de porco pago aos produtores, que no início de 2016 rondava os 1,05 euros por quilo, bem abaixo do custo de produção.
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Portugal produz cerca de 55% da carne de porco que consome.