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Os bombeiros deviam concentrar-se nos "aspetos essenciais" quando se fala da reforma da Proteção Civil, defende o presidente do Observatório Técnico Independente criado após os grandes incêndios de 2017.
Francisco Castro Rego dá razão aos bombeiros, mas aconselha moderação no discurso, já que "o tom da discussão tem sido muito inflamado".
"Por sermos técnicos e por sermos independentes temos um recuo e uma distância para ver que nesta discussão há muito ruído que não seria necessário", disse na TSF. Seria melhor que a discussão se "concentrasse naquilo que são os temas essenciais".
A preocupação dos bombeiros é "justificada", admite, por outro lado, até porque "o facto de haver um país com várias organizações territoriais prejudica a eficácia do sistema".
Uma das medidas preconizadas pelo Observatório Técnico Independente foi precisamente a "reorganização estrutural do setor operacional bombeiros, olhando para as questões de formação, recrutamento, comandos e profissionalização".
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"Essa foi uma linha que não foi desenvolvida", lamenta.
Três meses após a criação do observatório para acompanhamento e avaliação dos incêndios florestais, Francisco Castro Rego acredita que as entidades e cidadãos estão agora mais preparados, quer a nível da prevenção quer para o combate às chamas.
"Quem sabe gerir o fogo numa perspetiva de prevenção também está em melhores condições de perceber o comportamento do fogo", nota.
Ouça aqui as declarações de Castro Rego, entrevistado por Fernando Alves na Manhã TSF