"Se não houver via negocial voltaremos a aprovar 2 anos, 9 meses e 18 dias" para professores

António Costa recusa as acusações de intransigência feitas pelos Sindicatos ao Governo a propósito das negociações do tempo de serviço dos professores e justifica: "não há margem orçamental".

"O Governo não esteve intransigente, não esteve inflexível, não esteve inamovível. Pelo contrário, avançou, deu passos em frente, apresentou uma proposta. Lamentamos que, desde então, nunca tenhamos encontrado, por parte das estruturas sindicais, qualquer tipo de movimento."

Palavras do primeiro-ministro, que rejeita que o Governo esteja a ser intransigente nas negociações com os professores.

Em conferência de imprensa, ao lado do Presidente peruano, António Costa explicou que não há margem orçamental para ir além do que foi aprovado no Parlamento.

"Aquilo que o senhor ministro das Finanças disse é, perdoem-me, uma verdade de La Palisse. O Governo não está autorizado a gastar mais do que aquilo que foi aprovado na Assembleia da República como limite da despesa. E a Assembleia da República disse, de facto, que temos que negociar, mas também fixou qual é que é o limite da despesa deste ano que podemos utilizar e não podemos ir, necessariamente, mais além, como, aliás, a Assembleia também não o poderá fazer porque a Constituição não o permite."

Por isso, para António Costa, só há dois caminhos: "aquilo que temos de fazer é encontrar uma solução por via negocial ou se não houver uma solução por via negocial, o Governo voltará a aprovar o decreto que já aprovou. Não podemos é deixar que os professores continuem a ser prejudicados e a não beneficiar, como já tinham direito a negociar dois anos, nove meses e 18 dias de que já podiam estar a beneficiar e que já podiam estar a permitir maior progressão na carreira e que urge aprovar para desbloquear esta situação", concluiu.

Brexit: Costa diz que cabe ao Reino Unido decidir

Nas declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro pronunciou-se ainda sobre os últimos desenvolvimentos no processo do Brexit para dizer que cabe ao Reino Unido decidir, mas sublinhou que era importante que fosse um "acordo que evite uma saída desordenada porque seria pior forma de resolver o problema."

As palavras de António Costa surgem numa altura em que o Parlamento britânico poderá escolher entre sair da União Europeia ou pedir um adiamento da data do Brexit, se o acordo que o Governo apresentar nas próximas semanas for rejeitado, prometeu a primeira-ministra britânica.

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